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"Não há nada que não se consiga com força de vontade, com bondade e,sobretudo, com amor". M. Cicero

17 abril, 2012

Back to basics

Num post recente comentava que sou uma rapariga bastante “básica” em relaçao ao que me faz feliz. Ok, se calhar em vez de básica, deveria dizer “simples” mas, seja como fôr o substantivo  escolhido, a realidade a que se refere é a mesma.
Preciso de estar rodeada das pessoas que admiro, respeito e adoro:  seja o meu “mais-que-tudo”, que me deu asas para voar e ser livre (mesmo tendo vertigens nas alturas e nao ser propiamente uma pessoa do tipo “bird friendly”); sejam as minhas amigas A.C. e C.E., ou a D., a minha alma-gémea no feminino, a S.R. a P.B. and so on, que mesmo estando longe físicamente estao muito perto no afecto e na presença quotidiana (bem-haja pela internet, pelo gmail, pelo facebook, pelos blogs que nos permitem falar, rir e chorar todos os días).  Preciso do carinho, das noticias e das conversas que vou mantendo com as amigas que tenho a sorte de ter ao meu lado, as de sempre e as mais recentes mas que sao para toda a vida.
Dizia hoje uma amiga que tinha a sensaçao de se estar a torna demasiado exigente em relaçao a deixar entrar novos elementos na sua vida e que há pessoas muito pouco toleráveis. Ora nem mais. Essa premissa do “bom selvagem” e de que somos todos bons por natureza e que nos devemos esforçar por dar-nos bem com toda a gente é, do meu ponto de vista, irreal e impraticável.
Há pessoas com quem temos mais afinidade que com outras. Há pessoas a quem toleramos certos comportamentos que  caso fossem protagonizados por outros, estes seriam relegados à nossa “lista negra” de “intoleráveis”. Nao nos relacionamos com todos da mesma forma e é muito provável que, ao longo do tempo, cada um de nós vá experimentando mudanças que nos aproximam de uns e nos distanciam de outros. Acredito que se aceitássemos essa realidade se evitariam muitos problemas, discussoes e situaçoes constrangedoras cuja questao de base é essa pregunta que todos nós nos colcamos às vezes:  “mas o que é que eu tenho /tive em comum com este ser?” Se aceitarmos que nós mudamos, que os outros mudam, que em cada momento há uma constelaçao de pessoas que fazem parte do nosso universo mas que essa constelaçao nao é algo permanente, mas que sofre continuas transformaçoes, com pessoas que entram, outras que saem, e outras que permanecem, entao estamos preparados para receber, para despedir, e atençao, para que nos despeçam e nos recebam.
Algumas despedidas sao traumáticas, doem  e nesse caso pensamos no que fizemos e nao deveriamos ter feito, no que deveriamos ter feito de forma diferente.  Outras sao  bem-vindas e celebradas, e pensamos que nao havia outro caminho que nao o da partida. Mas sempre, seja qual for o caso, nós temos e os outros têm um papel nas nossas vidas. Um papel que pode crescer e continuar durante  muitos anos, ou que pode ir diminuindo, tornando-se cada vez mais fraquinho até desaparecer. Resta-nos aceitar o que vem e o que vai. Nao forçar. A amizade e o amor nao pode ser um “esforço”…

Portanto, bakc to basics, há alguma coisa melhor que um jantar com amigos, uma tarde de esplanada a apanhar sol com aquela amiga a quem basta dirigir um olhar para saber o que está a pensar, momentos de mimos com o(s) nosso(s) amor(es)?
Nao sou o ser mais social do mundo, isso toda a gente sabe. Preciso do meu espaço, da minha intimidade, dos meus tempos, dos meus silêncios. Mas preciso ainda mais de quem me faz falta, de quem me enriquece, de quem me ilumina os días, todos os dias. Nao preciso de ter 100 amigos no facebook, nem uma lista de contactos infindável. Preciso de cuidar e mimar tanto como me mimam a mim.
Obrigada.
M.
PS. Se algum destes “mimosos” quiser ir comigo assim, sei lá, a Bali ou as Caraíbas nao vou dizer que nao… Posso perfeitamente continuar a ser simples e básica, com a companhia adequada num resort &spa de cinco estrelas J

2 comentários:

Anónimo disse...

Só para te dizer que me encheste a alma... nem te passa pela cabeça como estava a precisar de ler os teus últimos post... parece que adivinhaste!

Tudo o que disseste... tudo... faz todo o sentido!
E como eu precisa de ler uma coisa assim hoje.
Fazem-me tão bem "estas conversas"...

Bjs, Bjs, Bjs,
SR

(Bali não me parece mal :))

Marta Anico disse...

Sabia que ias gostar:)) Bonita por dentro e por fora e com uma forma de estar na vida inspiradora, nem toda a gente tem o privilégio de ter uma amiga como tu, presente nesta minha pequena constelação desde,deixa ver, o jurássico??
BJ, BJ e BJ (mais uns quantos para as pequenitas)
M.
P.S. Vai uma sande de torresmo??? Lol.