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"Não há nada que não se consiga com força de vontade, com bondade e,sobretudo, com amor". M. Cicero

05 julho, 2012

Relativismos.

Enquanto observo como o pessoal começa a desaparecer para gozar das suas férias, fins de tarde na piscina e fins de semana na casa da terra, invariavelmente mais fresquinha que as cidades onde habitamos, faço o que posso para amenizar a espera pela chegada desses dez dias que vão saber a glória e que me vão permitir introduzir uma especie de pausa no espaço e no tempo para, de verdade, viver o "aqui e o agora". Sem preocupações. Sem expectativas. (Vá, ok, só uma, que o S. Pedro ajude e que não chova nem faça frio).

Não sei por quê, mas nas férias parece que é mais fácil por em prática esta máxima que deveria de estar presente todos os dias, durante todo o ano.

A vida é tão fugaz. Tudo pode mudar num instante. E nada volta a ser como antes.

E quando pensamos no "desgraçadinhos" que somos porque não conseguimos alcançar um qualquer objectivo profissional, porque não temos guito para comprar esse automóvel que nos ia ficar a matar, ou para ir de férias para um qualquer destino exótico, devíamos parar uns segundo e relativizar. Como nem sempre o fazemos, às vezes somos impelidos a isso.

Esta semana uma amiga contou-me um bocadinho da sua história de vida. E eu, que até esse instante pensava que o meu percurso pessoal até nem tinha sido dos mais fáceis, e conhecendo algumas histórias de rupturas, doenças e acontecimentos mais ou menos traumáticos de pessoas que me são próximas, nunca, nunca, nunca, poderia imaginar uma situação assim. Senti-me pequenina, pequenina, pequenina, insignificante mesmo, mas no bom sentido. Não sei se me explico. Pequenina face à grandeza de quem tinha ao lado, insignificante no meu suposto sofrimento que, comparado como o que me contou, se pode classificar como um agradável e sereno passeio pelas nuvens.

E de repente dei por mim a imaginar uma Meryl Streep a protagonizar esta biografia, num desses filmes que já não se fazem e que nos fazem encolher o coração e deixar de respirar até chegar o merecido final feliz.

E perante uma partilha destas o que dizer?!! A única coisa que me ocorreu foi gritar uma espécie de olé, olé, olé de admiração porque qualquer comentário seria tão insignificante como trivial. Olé, olé e mais olé.

E agora gosto ainda mais deste minha amiga.

E sei, positivamente, que há sempre um caminho à nossa espera.

M.

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