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"Não há nada que não se consiga com força de vontade, com bondade e,sobretudo, com amor". M. Cicero

16 outubro, 2014

Psicomotricidade vivencial. Experiência a repetir.

No sábado passado participamos num workshop de Psicomotricidade Vivencial para familias, que se revelou ser um momento de descoberta pessoal e de uma intensa explosao emocional.
As familias reunem-se numa sala, que parece um enorme e apetecível playground, onde as crianças podem soltar toda a energia que possuem e tantas vezes nos enlouquece.
Havia crianças maiores e mais pequenas que o Martim. Como habitualmente o petiz fica agarrado ao pai ou à mae, observando tudo o que o rodeia, com olhos muito abertos, sem perder pitada dos acontecimentos, mas quietinho e sossegado na sua zona de conforto e no seu espaço conhecido. Observa, ri-se, intuimos que se quer lançar mas ñ o faz. Também ñ se esconde. Fica e regista tudo o que acontece ao seu redor.
Nós, como pais implicados na criança, no seu desenvolvimento e na estimulaçao da sua autonomia, em incentivá-lo, tentamos pô-lo de pé, empurrámos disfarçadamente, adoptámos posturas mais próprias do yoga para evitar que se sentasse em cima de nós... E nada.
Uma das psicopedagogas chamava-o. Lançava-lhe pequenas provocaçoes. E nada.
E às tantas começa a bater e morder.
E eu a desesperar. Explodi. Mas o que demónios se passa com este puto???? Ñ gosta de nós?! Está zangado?? Por quê?????? O que vai pensar esta boa gente de nós? Família disfuncial, no mínimo
E ao mesmo tempo que eu tinha um ataque de choro daqueles com direito a baba e ranho, o Martim decide ir para o meio da galhofa, rir-se, brincar com miúdos e graúdos.
No fundo percebemos que ñ o podemos forçar a ter comportamentos que ele ñ está preparado para ter. Que, como nós, precisa de ter o seu espaço e o seu tempo para arrancar. Que se parece demasiado comigo. Que o que achamos que lhe convém, nem sempre é o que ele precisa.
Que ainda só tem 21 meses e isto só vai piorar!!!
Depois de hiperventilar até ver luzes amarelas a piscar estou mais descansada.
Parece que ñ somos caso único :)

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