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"Não há nada que não se consiga com força de vontade, com bondade e,sobretudo, com amor". M. Cicero

12 fevereiro, 2012

Auto-afirmação e auto-estima

Há uns dias li um artigo muito interessante de um psicólogo sobre estes dois conceitos e desde então não deixo de pensar neste tema. Partindo do princípio de que todos queremos em certa medida a aprovação dos que nos rodeiam - família, amigos, colegas e até mesmo dos conhecidos com os quais nos cruzamos em diferentes contextos - há quem conviva de forma saudável com essa necessidade e e há quem não saiba viver sem ela. E, neste caso, o perigo está em que se torna muito fácil viver e agir em função dessa imagem que vemos reflectida nos outros em relação a nós próprios. É certamente mais cómodo seguir esse padrão conhecido e continuar a viver essa "falsa vida" do que parar, questionar, procurar perceber por que razão nos vemos tão condicionados pela forma como os outros nos analisa, nos avaliam, nos (re)aprovam. De certeza que racionalmente todos dizemos o mesmo: "Estou-me nas tintas para o que os outros pensam sobre mim, sobre a minha vida, sobre as minhas opções!". Mas uma coisa é o que verbalizamos de forma racional e repetimos a nós própios, vezes sem conta. Outra bem diferente é pô-lo em práctica, de verdade; é parar para pensar em certas decisões e perguntar-nos "será que estou a fazer isto por mim ou porque é o que se espera de mim?" Dizia o artigo que a necessidade dessa auto-afirmação era inversamente proporcional à auto-estima. Quanto menos auto-estima, mais necessidade de auto-afirmação. Mas não me parece que seja assim tão simples a explicação... Há muitas outras variáveis em jogo. Parece-me que as respostas dependem da história de vida de cada um, da nossa biografia pessoal. O caminho para o conhecimento pessoal só pode ser um caminho de procura, de leituras, de conversas e partilhas, de tropeções e trambulhões, de meter mãos à obra e não deixar de procurar, em diferentes sítios e diferentes momentos. Estou num desses momentos. Mais alguém me quer fazer companhia? M.

Vidas passadas

Quando leio os posts da minha querida MM no Dolce Far Niente sobre as diferenças entre o lugar onde se encontra neste momento e o que diz ser a sua vida passada, por vezes, é como se essas reflexões se aplicassem directamente a mim, à minha história.
Eu também tive uma vida passada, outra vida nesta vida e quando olho para trás com olhos de ver, penso na oportunidade que essa mudança representa para mim. E por quê? Porque tive a possibilidade de mudar, de romper, de deixar para trás e de me lançar nos braços do meu grande amor, the one and only, e assim começar uma nova vida, uma nova experiência, muito diferente da anterior. Duas pessoas muito diferentes. Seguir o coração e a intuição que parecem ter tomado as rédeas do meu destino trouxe-me até aqui, a uma nova Marta, feliz, com uma nova vida. Não tenho dúvidas nem arrependimentos, repeteria novamente.
E se foi fácil libertar-me de alguns apegos e convenções, e ainda mais evidente saber aquilo que não quero repetir, parece que tudo se complica quando começo a tentar definir o que quero ser, aquilo pelo qual que gostaría de ser recordada. É diíficl conseguir que a imagem que temos do que fomos deixe de influenciar o que queremos ser. A questão está em conseguir libertar-nos completamente das pautas que nos orientaram durante grande parte das nossas vidas para então poder começar a verdadeira transformação. Estou nessa fase. De liberação, de deixar cair o que “fui”, o que “consegui”, o que “fiz” para que apareça o que “sou”.
Será que vai demorar muito?!!
M.