Acerca de mim

A minha foto
"Não há nada que não se consiga com força de vontade, com bondade e,sobretudo, com amor". M. Cicero

01 maio, 2012

O fim de um ciclo.

Esta semana recebi um e-mail de uma revista que se vai lançar em Portugal na área da museologia a convidar-me para formar parte da Comissão Científica.

O Ego não perdoa e a primeira reacção foi "é pá, que fixe que há quem dê valor ao meu trabalho e considere relevante o investimento académico que fiz na área, yeaiiiiii".

Felizmente não demorei nem dez segundos a ter uma segunda reacção que foi mais ou menos assim: "é pá, mas é que esta já não sou eu. E agora? Como é que me livro desta situação?!!".

Na minha outra vida estaria aos pulos de contente. Mais uma linha para o C.V. Mais trabalho e responsabilidade. O meu nome noutro projecto.

Agora que a minha conjuntura pessoal e profissional é outra, nada disto tem sentido para mim.

Escrevi uma tese de doutoramento sobre museus, publiquei artigos, editei livros, blá, blá, blá. Mas o único que se me ocorre dizer neste momento é, "so what?". Isso já foi, faz parte do passado. Nem sequer me parece sério aceitar essa responsabilidade dado que há anos que fechei essa porta. E felizmente que o conhecimento evolui e se transforma.

Mas como dizem os ingleses "old habits die hard", pelo que a minha resposta inicial foi um sim, a meias...

Portanto, assim que acabar de escrever este post vou fazer o que devia ter feito logo de inicio.

Fechar um ciclo.

Sem medo. Com confiança.

M.


O aqui e o agora.

Estou de volta à blogosfera depois de uns dias em que não me tem apetecido muito nem partilhar, nem receber.

Acho que todos temos momentos em que nos apetece fechar para balanço, carregar no botão do stand by, ou entrar numa espécie de hibernação em que não seja preciso pensar, agir ou falar.

E depois dessa pausa, voltamos a ser nós outra vez. Quando as nossas emoções andam agitadas a probabilidade de passar por estes momentos é maior porque se trata de uma espécie de mecanismo de defesa que nos dá margem para assimilar algumas coisas ao mesmo tempo que nos diz "mas onde é que tu julgas que vais com essa espiral de pensamentos, de sentimentos. Vamos lá parar um bocadinho, respirar, contar até 10 e deixar-nos de parvoices". E depois de ler um dos posts da minha amiga M.M. no Dolce far Niente (não consigo introduzir o link...) decidi mesmo deixar-me de parvoices.

Porque a vida se vai num suspiro, é melhor não perder o tempo que temos a suspirar pelo que ainda não conseguimos alcançar e centrar-nos em aproveitar o presente que é a única certeza que podemos ter.

O aqui e o agora.

M.