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"Não há nada que não se consiga com força de vontade, com bondade e,sobretudo, com amor". M. Cicero

24 abril, 2012

Espíritos inquietos.

Esta semana estou a atravessar um período de abstinência. A minha amiga C. foi para a India e, ao que parece, os smartphones e as blackberries não têm a cobertura desejável.

Mas enquanto deambula por paragens orientais à procura do ashram do "guru" que vai visitar, lá me chegou uma mensagem que de tão curta só conseguiu aumentar ainda mais a minha ressaca: "não estás bem a ver o que isto é".

Socorro, preciso de mais informação!!!!

Mas o que eu queria destacar é que esta minha amiga é um espírito inquieto e que é um privilégio ter amigas assim. Que não se cansam de procurar, de aprender, de conhecer. Que não esgotam a sua identidade no papel de mães ou no exercicio da sua profissão. Mulheres que são isso mesmo, mulheres. E, felizmente, há muitas assim. Com que posso aprender todos os dias qualquer coisa. Espíritos inquietos e aventureiros. Para todos eles aqui fica a imagem do momento.
PS- Dado que a minha apetência a visitar a India é de -10, vou ali repetir uns mantras e volto já. M.

23 abril, 2012

Espanha e as verduras.

Por estranho que possa parecer - e digo estranho porque no mundo globalizado em que vivemos podíamos pensar que as práticas vegetarianas, macrobióticas ou vegan, nas suas infinitas variantes fossem uma realidade conhecida e uma prática extendida por todo o lado - o conceito espanhol de verduras e de vegetal é um bocadinho sui generis.

Quando vivia nas montanhas,nos Picos de Europa, onde o verde domina a paisagem, na verdade quem dominava eram as vaquinhas, os bezerrinhos e os bacorinhos. Sim, as montanhas são terras de ganadeiros e de pastores e esse é um facto incontornável à mesa. Em Potes havia 3 ou 4 talhos. E peixarias???? Zero. E digamos que a verduras não tinham muito êxito na região. Uma noite decidi pedir um sandwich vegetal e quando me trouxeram uma sande com fiambre bem grossinho para ser ver bem, bacon, ovo estrelado, maionese e alface pensei "olha, enganaram-se". Eu é que me tinha enganado, porque quando sugeri que talvez tivesse havido um engano, olharam para mim como se estivesse a falar chinês e responderam que era óbvio que era vegetal, levava alface. Pois claro, óbvio...

Agora que vivemos na cidade, na comunidade de La Rioja que todos conhecem pelo vinho, já temos peixarias com fartura e verduras e hortaliças para todos os gostos. Mas de vez em quando as diferentes interpretações do conceito "vegetal" aparecem de forma inesperada. Esta semana celebram-se as Jornadas da Verdura em Calahorra, uma cidade aqui perto, e uns amigos levaram-nos a almoçar a um dos melhores restaurantes do lugar, para provar o menú de degustação de verduras.

Aqui esta vossa amiga lá foi toda contente até ter percebido que o menú estava composto de cinco pratos de "verduras", que incluíam ingredientes como gambas, ovos estrelados, boquerones (peixe), bacalhau e, pasme-se, com queixadas, arghhhhhhh. Socorro!!!!

Estranho conceito de verduras têm estes espanhóis... Olé!!

M.

22 abril, 2012

Religião Q.B.

Aproxima-se o mês de Maio que em Espanha é sinónimo de um acontecimento festivo-familiar de proporcções épicas: as primeiras comunhões. A expressão "noivas de maio" ganha aqui novos contornos, e implica algumas práticas que um bocadinho incoerentes com o estado da nação, quer a nível económico, quer a nível cultural, ideológico e religioso.

As meninas vestem-se de princesas e os meninos de marinheiros (vá se lá saber por quê?!!), têm os seus banquetes, reportagens fotográficas de interior/exterior prévias ao acontecimento que fariam corar muitas noivas. As meninas e os meninos anseiam pelos presentes que vão receber, pela roupa que vão estrear, pela festa que vão protagonizar, mas ainda estou à espera de ouvir algum comentário sobre o sentido religioso do acto em si. E assim, as familias gastam autênticas fortunas para que os seus petizes não se sintam envergonhados perante os colegas quando chega a hora de contar como tudo aconteceu.

Diz um amigo que é "culturalmente católico e dogmáticamente ateu", para explicar a razão pela qual não sendo crente, se casou pela Igreja e baptizou os filhos. Seja por convenção social, pressão familiar, ou pura superstição, raros são os casos de amigos e conhecidos que protagonizam estes ritos por uma verdadeira fé e crença religiosa.

São raros mas existem, e de ambos lados da fronteira.  E quando vejo o sacrificio e a dedicação destas pessoas penso que são realidades e conceitos opostos. Escrevo sobre pessoas que, para além das suas responsabilidades profissionais e familiares tão stressantes e exigentes como as de qualquer outra pessoa, arranjarm maneira de desempenhar um papel activo nas suas paróquias, de se reunir aos fins de semana e em períodos de férias com outros companheiros que, como eles, dedicam uma grande parte das suas vidas a servir a comunidade a que pertencem, de acordo com os princípios religiosos em que acreditam e que praticam.

Por isso quando aqueles que até ontem tinham um discurso abertamente anti-clerical, hipercrítico da Igreja católica, que se diziam ateus, de repente se casam pela igreja, baptizam os filhos e os matriculam nos sagrados corações e derivados, sinto que há qualquer coisa que me escapa. Então mas a religião não é uma questão de fé, de crença e vivência de uma série de principios e valores? Ou é um ingrediente como o sal e a pimenta que usamos q.b.? Já sei que não devemos dizer "desta água não beberei" e que todos nós temos as nossas ambivalêcias, mas há certas incoerências que são mais incoerentes que outras. Faz-me confusão, é só isso.
M.

18 abril, 2012

Reconversão Profissional ou Novas Oportunidades??

Há quem tenha nascido já a saber o que queria ser quando fosse grande. Bombeiros, bailarinas, médicos, cientistas, jogadores da bola, jornalistas e já agora poderiamos acrescentar para as novas gerações, actores, modelos e reality showmen/women.

Há quem nunca tenha pensado muito seriamente no assunto e por exclusão de áreas impraticáveis e preferências académicas (quem tem problemas com os números como eu sabe do que estou a falar) tenha acabado a exercer uma profissão que nunca tinha contemplado até se ter tornado no protagonista da mesma.

Lembro-me que de pequena queria ser cabeleireira, advogada, professora de ginástica, tradutora e possivelmente mais alguma profissão glamourosa que me estou a esquecer de mencionar. Depois houve um dia que fiz uns psicotécnicos de orientação profissional - com um resultado espantoso- mas que decidi seguir sem saber muito bem por quê. E foi já na faculdade, no 1º ano de política social que percebi que nunca, jamais, never iria conseguir trabalhar na área. Posso não saber exactamente o que quero, mas nunca tive problemas em perceber o que não encaixa comigo. Tinha portanto um problema. Tinha que mudar de curso e a questão que se colocava, dado o fracasso estrepitoso da minha suposta vocação, era saber para quê, para onde?

Depois de muitas dúvidas e hesitações a escolha recaiu na antropologia. Essa coisa que ninguém parecia/parece saber muito bem para que servia. Gostava das matérias, parecia suficientemente abrangente para poder trabalhar em diferentes ámbitos e, uma vez mais, sem pensar muito bem no assunto, teve inicio um percurso de muito estudo, de muito esforço, supostamente recompensado com um bom trabalho, com os accomplishments correspondentes de publicações, conferências, bolsas, e um peso, um peso brutal que tornava impossível desfrutar fosse do que fosse. Tive uma companhia durante essa outra vida muito importante e especial, com a qual trabalhei como se não houvesse amanhã, com quem partilhei o lado professional e o pessoal durante anos, com quem ri muito e chorei ainda mais. Se não fosse por ela, pela E.,  também não seria quem sou. Ajudou-me tantas e tantas vezes, e por isso vou estar para sempre agradecida. Foi uma das primeiras pessoas que percebeu que deixar a vida académica não ia ser nenhum drama, pelo contário. Seria uma espécie de liberação.

Mas como o "programa mental" que construimos com base em ideializações nossas e projecções dos outros é mesmo muito forte e dominante, tentei reproduzir o modelo deste lado da fronteira. Correu bem, fiz amigos. Conheci pessoas interessantes. Boas pessoas. Mas o peso regressou. A falta de ar. A angústia de pensar "se me preparei para isto toda a vida, porque raios não estou contente?" ou "Como é que é possível que quando penso em deixar a universidade sinto um enorme alivio?" A resposta agora parece-me óbvia: não era o meu sitio, o meu caminho. Já percebi e aceitei.

A carreira docente tem que ser uma carreira vocacional, não se pode estar por estar. Porque fica bem no curriculum ou nos cartões de visita. Continuo a admirar todos (ok, quase todos) os colegas com quem me cruzei mas, defintivamente, não estava no meu meio.

Se bem que à minha volta há quem não perceba e insista em perguntar como é possível deixar passar essa oportunidade, como é possível deixar para trás o trabalho de anos e anos, como é possível viver com o consequente desprestigio profissional, social. Lamento, mas as minhas necessidades pessoais não passam por ver a lista de entradas que aparecem com o meu nome no google. Depois de tanta teoria e tanto estudo sabe bem descer à realidade das actividades quotidianas, das profissões que se traduzem em resultados mais ou menos imediatos, em que se observa de perto a utilidade do que se faz.

E como tudo acontece por uma razão, a reconversão profissional tem vindo a processar-se ao longo desta minha nova vida, com a ajuda e o apoio do meu mais-que-tudo que agora é também o meu chefe. O admirável mundo novo dos cartórios, das escrituras, dos impostos é um mundo de todas as cores. Se há dias em que parece que vou estoirar de tanta informação, em que me apetece matar porque me engano, há outros em que tudo vale a pena, com o obrigado sentido de um cliente, com a certeza de ter trabalhado bem, com a inédita e plácida sensação de "é sexta-feira, posso apagar o computador, fechar a secretária só voltar a pensar em trabalho na segunda".

Foi uma escolha do coração ter trocado Lisboa por um qualquer sitio em Espanha com o meu amor (para quem não sabes somos praticamente semi-nómadas ). Mas a mudança de profissão, essa foi uma escolha da razão.

Por isso quando me perguntam "não tens pena de ter deixado a universidade?" a resposta é "não". E quando dizem "então e o esforço todo que fizeste, não serve para nada?" respondo, "serve sim, serve para saber que posso fazer o que quiser, que posso agarrar todas as novas oportunidades que se colocarem, em cada momento". Niguém sabe as voltas que a vida da, mas como bem dizia Cícero "Não há nada que não se consiga com força de vontade, com bondade e, sobretudo, com amor".

E posso sempre enveredar por um caminho alternativo dada a minha experiência recente. Ora vejam lá.



M.

17 abril, 2012

Back to basics

Num post recente comentava que sou uma rapariga bastante “básica” em relaçao ao que me faz feliz. Ok, se calhar em vez de básica, deveria dizer “simples” mas, seja como fôr o substantivo  escolhido, a realidade a que se refere é a mesma.
Preciso de estar rodeada das pessoas que admiro, respeito e adoro:  seja o meu “mais-que-tudo”, que me deu asas para voar e ser livre (mesmo tendo vertigens nas alturas e nao ser propiamente uma pessoa do tipo “bird friendly”); sejam as minhas amigas A.C. e C.E., ou a D., a minha alma-gémea no feminino, a S.R. a P.B. and so on, que mesmo estando longe físicamente estao muito perto no afecto e na presença quotidiana (bem-haja pela internet, pelo gmail, pelo facebook, pelos blogs que nos permitem falar, rir e chorar todos os días).  Preciso do carinho, das noticias e das conversas que vou mantendo com as amigas que tenho a sorte de ter ao meu lado, as de sempre e as mais recentes mas que sao para toda a vida.
Dizia hoje uma amiga que tinha a sensaçao de se estar a torna demasiado exigente em relaçao a deixar entrar novos elementos na sua vida e que há pessoas muito pouco toleráveis. Ora nem mais. Essa premissa do “bom selvagem” e de que somos todos bons por natureza e que nos devemos esforçar por dar-nos bem com toda a gente é, do meu ponto de vista, irreal e impraticável.
Há pessoas com quem temos mais afinidade que com outras. Há pessoas a quem toleramos certos comportamentos que  caso fossem protagonizados por outros, estes seriam relegados à nossa “lista negra” de “intoleráveis”. Nao nos relacionamos com todos da mesma forma e é muito provável que, ao longo do tempo, cada um de nós vá experimentando mudanças que nos aproximam de uns e nos distanciam de outros. Acredito que se aceitássemos essa realidade se evitariam muitos problemas, discussoes e situaçoes constrangedoras cuja questao de base é essa pregunta que todos nós nos colcamos às vezes:  “mas o que é que eu tenho /tive em comum com este ser?” Se aceitarmos que nós mudamos, que os outros mudam, que em cada momento há uma constelaçao de pessoas que fazem parte do nosso universo mas que essa constelaçao nao é algo permanente, mas que sofre continuas transformaçoes, com pessoas que entram, outras que saem, e outras que permanecem, entao estamos preparados para receber, para despedir, e atençao, para que nos despeçam e nos recebam.
Algumas despedidas sao traumáticas, doem  e nesse caso pensamos no que fizemos e nao deveriamos ter feito, no que deveriamos ter feito de forma diferente.  Outras sao  bem-vindas e celebradas, e pensamos que nao havia outro caminho que nao o da partida. Mas sempre, seja qual for o caso, nós temos e os outros têm um papel nas nossas vidas. Um papel que pode crescer e continuar durante  muitos anos, ou que pode ir diminuindo, tornando-se cada vez mais fraquinho até desaparecer. Resta-nos aceitar o que vem e o que vai. Nao forçar. A amizade e o amor nao pode ser um “esforço”…

Portanto, bakc to basics, há alguma coisa melhor que um jantar com amigos, uma tarde de esplanada a apanhar sol com aquela amiga a quem basta dirigir um olhar para saber o que está a pensar, momentos de mimos com o(s) nosso(s) amor(es)?
Nao sou o ser mais social do mundo, isso toda a gente sabe. Preciso do meu espaço, da minha intimidade, dos meus tempos, dos meus silêncios. Mas preciso ainda mais de quem me faz falta, de quem me enriquece, de quem me ilumina os días, todos os dias. Nao preciso de ter 100 amigos no facebook, nem uma lista de contactos infindável. Preciso de cuidar e mimar tanto como me mimam a mim.
Obrigada.
M.
PS. Se algum destes “mimosos” quiser ir comigo assim, sei lá, a Bali ou as Caraíbas nao vou dizer que nao… Posso perfeitamente continuar a ser simples e básica, com a companhia adequada num resort &spa de cinco estrelas J

A “mudança” está a camino.

Tenho que confessar que estou feliz, feliz, feliz, por estar a conseguir por em prática algumas das mudanças propostas nos últimos tempos. Sao mudanças subtis, quase imperceptìveis para os outros, mas que representam uma diferença significativa na minha maneira de estar e de viver a vida.
No outro dia escrevia sobre a necessidade que por vezes temos de dizer “basta “ e que, frequentemente, tomar essa decisao é mesmo o mais difícil. Porque normalmente se refere a situaçoes e pessoas próximas. Porque representa um corte com os nossos padroes de comportamento habituais e “naturais” (nao têm nada de natural, mas à força de tanta repetiçao parece que sim…). E porque todos os cortes sao novos começos e todos sabemos o que acontece ante a novidade,  ante o desconhecido : MEDO.
Sim, porque mesmo quando nao estamos satisfeitos com  a forma como agimos, com os resultados que alcançamos, com o modo como nos relacionamos com os desafíos da vida ou com os que nos rodeiam, é sempre mais “fácil” continuar como sempre, adoptar as reacçoes que conhecemos e para as quais achamos que estamos preparados, mesmo que isso nos produza uma insatisfaçao avassaladora.
Mas cada vez mais acredito que tudo acontece por uma razao e no momento oportuno, nem antes nem depois (e isto a pesar da paciencia nao ser o meu forte…). Acontece quando estamos preparados para encarar o desconhecido, para aceitar com humildade que nao sabemos nada do que nos espera mais adiante, mas que sabemos o suficiente para estar confiantes  que havemos de chegar a algum lado e, de preferencia,  aprender qualquer coisa pelo caminho. Um caminho que nao é fácil. Por isso mesmo temos que estar preparados para os tropeçoes, para as provas e desafíos que vao surgindo, mas a questao reside em como afrontar as situaçoes que se vao colocando. Se se repetem, entao é porque há qualquer coisa que nao está a funcionar, ainda nao aprendemos o que é preciso para sair desse lugar e partir para outro.
Ninguém disse que a “mudança” é fácil, mas está a caminho e já noto as diferenças.
M.

15 abril, 2012

Agora sim. Logroño é a cidade perfeita.

Abriu uma loja RITUALS!!!!!!

Parece mentira mas apesar de estar presente em Portugal há anos, esta marca tem demorado a implementar-se em Espanha. Primeiro abriu uma loja em Madrid. Depois apareceram os famosos "corners" no El Corte Inglés e, pouco a pouco, foram abrindo mais lojas na capital e algumas (poucas) fora dela.

A questão é que há anos que uso estes produtos e o meu entusiamos é de tal ordem que houve uma altura em que pensei abrir uma loja aqui em Espanha com uma amiga.

Não foi possível, mas pelo menos agora tenho uma loja bem pertinho de casa e já não tenho que entrar em stress quando se acaba o leite de limpeza ou o tónico facial .

Weeeeee, again!!

M.

Fim de semana perfeito.

Está quase a acabar mas é daqueles fins de semana que deixam um bom sabor de boca e me enchem de energia para uma semana que se prevê mais agitada que o habitual.

Costumo brincar com o P. ao dizer-lhe que sou muito "básica". Ele ri-se e diz que não é verdade e então tento explicar que sou básica no sentido de que preciso de pouco para ser feliz. Senão digam lá se isto não é very basic.

Bem, devia começar por dizer que Logroño é uma cidade fantástica para viver, onde tudo está ao alcance de um passeio de 15 minutos e onde o comércio tradicional é uma realidade muito acolhedora e reconfortante. Temos a "nossa" drogaria, o "nosso" talho, a "nossa" peixaria, há lojas gourmet de todo o tipo de productos, do vinho ao queijo, dos chocolates e bombons aos cogumelos, aos enchidos. Há retrosarias, lojas de quadros e molduras, livrarias, lojas de brinquedos para todos os gostos e carteiras. E ao mesmo tempo é pequeno e toda a gente se conhece.

Depois de uma páscoa que não correu exactamente como gostávamos e precisávamos, decidimos dedicar este fim-de-semana a nós própios, a mimar-nos. Começamos por dedicar a manhã de sábado a ir comprar produtos delic ao mercado. Depois da volta de reconhecimento saímos de lá com maçãs reineta para assar, espargos brancos (os primeiros da temporada), umas gambas com um aspecto irresistível, enchidos variados, pão de cereais, paté vegetal, tomates e alface para salada. De regresso a casa preparamos um almoço de degustação bem regado com Planalto, em representação dos produtos nacionais.

Foi preciso repousar um bocadinho de tantas iguarias para seguir com o passeio da tarde e aproveiar os 30% de desconto da Vanity Fair. Desde que descobri que há vida para além das ofertas de 5 pares de cuecas a 11 euros da Intimissimi que confesso uma certa debilidade por esta marca. E, desde então, passei a achar aceitável gastar mais de 15 euros num soutien. C'est la vie.

Ainda tive tempo para cuidar das minhas plantinhas. E, não quero celebrar antes de tempo, mas juraria que se vislumbra um botãozito a querer despertar na orquidea que quase foi engolida pelo aspirador.

Hoje o dia foi caseiro. Adaptei a receita de uma amiga para o almoço (C. em vez de conchas usei fussili, misturei o atum com a cenoura e o alho francês, experimentei com creme de espelta) e estava delicioso. Os scones do lanche não correram tão bem... Esqueci-me do leite, esqueci-me deles no forno... Para a próxima saem melhor.

E não seria fim-de-semana sem cinema, desta vez home cinema com "Criadas e Senhoras" em DVD.

E, o mais importante, muitos, muitos mimos!!!!

Weeeeeeeeee.

M.

11 abril, 2012

Hoje não me posso mexer...

Há um musical espanhol, desses que anda em tournéee pelo país desde que cá estou, que se intitula "Hoy no me puedo levantar". Levantar, o que se diz levantar, até posso... Se me virar assim de lado, rebolar e deixar cair sobre os pés, posso... Mas mexer, no sentido de andar, colocar um pé à frente do outro e impulsar o corpo para a frente, isso já é outra história.

Não é que tenha tido a minha primeira aula no ginásio esta semana, nada disso. Vou duas vezes ao por semana a gap e um dia às danças orientais pelo que, teoricamente, isto não devia estar a acontecer. Mas, minhas amigas, é uma realidade incontornável. Da cintura para baixo há uma única sensação. DOR!

E sim, estou com aquele andar estranho, meio de perna aberta, meio de lado, do mais feminio e sensual que se possa imaginar.

E o pior é que hoje é dia de regressar!!

Acho melhor por-me a caminho se quero chegar antes da meia noite.

M.

Decisões há muito adiadas.

Diz quem sabe que o mais difícil é tomar a decisão. Que quando conseguimos ter uma ideia clara, transparente, coerente, afirmativa, quando o medo deixa de existir porque é subsituído pela decisão consciente, madurada, então tudo se torna mais fácil. Muito mais fácil que aquilo que idealizamos quando ainda andamos às voltas com os prós e os contras, com as análises e as reflexões.

Diz quem sabe e eu quero acreditar que sim. Tem mesmo que ser assim porque há momentos na vida de todos nós que são de "cortar" e "começar de novo" e, como dizia outro dia uma amiga, quando algo termina, termina mesmo, e quando iniciamos algo então é sinal de que chegou o momento certo para que esse algo tenha inicio.

Há cortes e cortes, como é óbvio. Nem todos têm o mesmo significado ou magnitude. Uns são mais complicados que outros, sobretudo quando envolvem pessoas que são verdadeiramente importantes nas nossas vidas. Mas, mesmo assim, quando chega o momento é inevitável.

Estou num desses momentos mas a boa notícia é que sei o que preciso. Sei onde quero colocar um ponto final. E tenho o apoio e a compreensão de quem me ajudou a encontrar a estabilidade para dizer basta. Como diz outra amiga, tenho que estar preparada para pagar a portagem, mas confio que não me irá apanhar desprevenida...

O mesmo não posso dizer do regresso a Spain por Vilar Formoso!!! A sério, quem foi a mente luminosa que inventou este sistema de dispositivo electrónico que só se sabe que existe quando já se está na auto-estrada?!!!!!!!!!

M.

03 abril, 2012

Sonhos e visualizaçoes

Ora tenho a dizer que necessito que o meu corpinho seja transportado para estas paragens...

Se visualizar o meu objetivo chego lá??????


01 abril, 2012

A calma do fim de semana.

Há quem não goste do fim-de-semana. Há quem odeie os domingos. Há quem não perceba como isso é possível...

Os pequenos almoços lentos e demorados. O pijama e roupão até tarde. O molengar no sofá antes de decidir fazer seja o que for. Os mil planos dos quais se executam uma média 1,5. Sair sem pressas. Deambular pela cidade sem nenhum propósito em especial. Ir ao cinema. Ver uma exposição. Inovar na cozinha. Plantar flores e plantas. Ler. Escrever. Não fazer nada. Fazer de tudo. Mas sem obrigações, porque sim, porque quero, porque gosto.

M.