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"Não há nada que não se consiga com força de vontade, com bondade e,sobretudo, com amor". M. Cicero

14 abril, 2013

Rectificar é de sábios.

Depois do meu discurso sobre os jardins de infância familiares, que mantenho enquanto preferência "teórica", houve aqui uma mudança de planos.

Só depois de ter escolhido a creche da horta é que reparei num pequeno pormenor. Ñ tinha berços!!!!!!!!!

Teoricamente só recebem bebés que já se sentam e gatinham. Mas como eu ñ sei exactamente quando vou levar o Martim, nem o que o rapaz vai conseguir fazer nessa altura, achei que é melhor prevenir que remediar e procurar um sitio para "bebés".

Recomeçou a busca e depois de pesar prós e contras, a escolha recaiu sobre os Salesianos. Podiamos dizer que se trata do parente pobre dos colegios aqui de Logroño, por preço e número de alunos, porque ñ tem o "prestígio" (leia-se a "parvoice") de outros colegios, mas esse aspecto acaba por se transformar numa enorme vantagem: só há dois bebés numa sala de 8!! Atençao mais personalizada só mesmo em casa:)

E um dos aspectos mais positivos, para além da proximidade que recebemos no trato, foi a empatia com o espaço que sentimos os três. Está no meio do "campo", com uns jardins que rodeiam todos os edificios maravilhosos e onde se respira uma paz especial, e onde o Martim esteve acordado e a rir-se o tempo todo que durou a visita. Espero q se mantenha assim de receptivo quando se vir por lá "sozinho".

Já sei que ñ é "cool" levar o miúdo a um colégio, ainda menos se é religioso, mas sabem que mais? Ñ estou nada preocupada em ser cool e, uma vez mais, vou seguir o meu/nosso instinto.

Espero que o Martim seja muito feliz nesta aventura que vai começar em breve.

M.

08 abril, 2013

À procura do jardim de infância perdido

Apesar do Martim só ir para a creche em Setembro (vantagens de ser a esposa do chefe) dediquei os últimos dias a essa árdua (e complicada) tarefa de escolher um infantário para o nosso pequenino.

Para começar ainda não percebi bem a diferença entre creche, infantário, jardim de infância e afins. Para mim é tudo o mesmo, mas parece que não. Se me falarem em chinês devo por mais ou menos a mesma cara que quando falei com algumas directoras dos ditos "centros".

Ele há "centros" para todos os gostos e nem todos os bolsos. Dos mais pequenos e familiares aos que parecem ter instalações e propostas aptas para um curso de preparação universitária. Menús caseiros e catering. Aulas de inglés para bebés a partir dos 3 meses (?!!!) e visitas semanais do pediatra. E há que ler os "projectos educativos" de cada um para escolher, em consciência, o melhor para os nossos rebentos.

Como eu não espero que o Martim fale mandarim com três anos, nem que toque violino antes de ir para a primária, optei por uma creche familiar.

Pequena, pequena.

Com uma horta.

Com comida caseira.

Onde dizem que o mais importante é cuidar, mimar e brincar com os bebés.

Já vai ter tempo de fazer fichas e aprender o que for necessário quando chegar a altura certa. Sei que muitos pais e educadores pensam que quanto antes se começa a ensinar conteúdos melhor, que quanto mais "preparação" melhor, mais aptos estão para "enfrentar" o futuro.

Sinceramente não acho que o futuro se "enfrente". O futuro vive-se, de alguma maneira que ainda não sabemos qual vai ser.

Por isso estou mais preocupada em conseguir ajudar o Martim a desenvolver-se enquanto pessoa, em transmitir-lhe valores como a generosidade ou a honestidade, a importância do esforço e do espírito de sacrifício para conseguir alcançar as metas que ele própio se quiser propor. Ajudá-lo a ser uma pessoa feliz. Completa. E para isso não é preciso ir á universidade nem falar francês. A não ser que seja essa a sua escolha.

Acho que vou guardar este post no desktop para os momentos em que me vir tentada a encaminhá-lo por uma vereda que é minha, e não dele.

M.

Pequena pausa e novidades recentes.

Não é que tenha abandonado a escrita do blog ou que não tenha pensamentos à deriva para partilhar, simplesmente tenho optado por gozar da maternidade e de todos os bocadinhos que posso passar com o Martim. O tempo passa a voar, é um facto, pelo que mais vale aproveitar agora e não arrepender-me mais tarde.

E também confesso que nos poucos momentos "livres" que tenho tido, a actividade que mais me tem ocupado tem sido, tcha tcham, o NADA. Ficar no sofá durante cinco minutos a olhar para o vazio (ou para o tecto) tem sido altamente reconfortante em certas ocasiões.

Já ultrapassámos as loucuras das primeiras semanas e já vou conhecendo melhor o Martim o que nos trouxe alguma estabilidade. Já nos organizamos melhor, saímos com o nosso pequenino, passeamos e até já fomos passar uns dias a Madrid para que o conhecesse toda a família e amigos. E sobrevivemos, lol.

Voltei a fazer exercício, coisa que o meu corpo pedia a gritos, fui conhecendo outras "jovens" mães como eu e fazemos alguns planos em conjunto, organizo sessões de cinefilia cá em casa com o príncipe senior (o último que vimos foi Argo, muito recomendável por sinal)

Parece que o Martim leva toda a vida connosco e mesmo quando não sabemos bem o que precisa ou o que fazer, já vamos tendo mais confiança e os muitos medos que nos assolaram no início vão-se dissipando (ou sendo substituidos por outros).

Continuo a ser a mesma Marta, a mesma pessoa, com múltiplas facetas e dimensões, com necessidades e interesses variados, mas sem dúvida alguma mais feliz, mais completa, e a aproveitar para a aprender tudo aquilo que o Martim nos quiser ensinar.

Espero não estar tanto tempo sem dar notícias, mas se estiver já sabem que é pela melhor razão do mundo.

M.