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"Não há nada que não se consiga com força de vontade, com bondade e,sobretudo, com amor". M. Cicero

21 dezembro, 2012

Feliz Natal.

Aproxima-se o Natal e aumentam as reportagens sobre a forma como as famílias adaptam presentes e menús devido à famosa "crise".

Para ser sincera estou farta de ouvir esta palavra, de observar como serve de desculpa para tudo, como esse conceito abstracto se usa e abusa para sacudir a responsabilidade individual de cada um de nós, como se não fôssemos responsáveis pelas nossas escolhas, acções e prioridades. Obviamente que não estou aqui a falar das situações dramáticas que vivem milhares de famílias, Deus queira que nunca tenha que viver essa tragédia.

Mas desde quando é que o Natal se transformou nesta avalanche de consumo disparatado, quase obsceno, em que parece que o mundo se acaba se não houver gambas e sapateira na mesa, ou que se as crianças não receberem uma quantidade tal de presentes - que já só se ocupam de abrir embrulhos e atirá-los pelo ar, sem parar realmente a ver o conteúdo que escondem dentro - então a família não está à altura do que se espera nesta quadra??

Claro que todos nós gostamos de receber um miminho especial de vez em quando, de nos oferecermos um capricho a nós próprios, mas transformar esse desejo saudável numa necessidade que quando não é satisfeita produz frustração e ansiedade, então meus amigos, há qualquer coisa de muito errado neste cenário.

Qual é o problema de comer frango com arroz e salada na ceia de natal? E que tal oferecer presentes elaborados por e para a familia? E ensinar às crianças que receber UM presente é um enorme privilégio, e não um drama de proporções épicas?

Acredito no consumo responsável e numa educação baseada em princípios e valores. Sei que a felicidade não é proporcional ao número de briquedos, roupa ou acessórios que temos espalhados pelos armários.

Para mim, que adoro esta época do ano, a felicidade vem da oportunidade de estar com quem mais queremos - amigos e familia - vem das conversas e risos partilhados, do calor do aconchego, dos aromas que pairam no ar (seja qual for o ingrediente!!)...

Felizmente estou rodeada de várias pessoas que partilham este conceito e que ano após ano procuram concretizar estes valores. Com alegria. Sem "crise".

Espero que com a chegada do Martim continue a pensar e a agir da mesma forma. Se alguém notar que me desvio do caminho, é favor dar-me um estalo.

Feliz Natal para todos.

M.