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"Não há nada que não se consiga com força de vontade, com bondade e,sobretudo, com amor". M. Cicero

29 março, 2012

As cabines telefónicas: mito ou realidade?

Alguém se lembra do tempo em que nem toda a gente tinha telefone em casa, e as cabines telefónicas tinham uma função utilitária que não a de objecto quase extinto de design urbano?

Ontem tive que procurar uma, qual pirata numa caça ao tesouro, e para além da dificuldade extrema dea minha missão, quando finalmente consegui vislumbrar uma e confirmar que, depois de introduzir umas moedas, efectivamente funcionava, fui alvo dos olhares mais desprezíveis que possam imaginar. Do esgar asqueado onde se lia "Que nojo!!!Tocar num telefone público", ao olhar de surpresa que se traduzia num mirar e remirar aqui a mademoiselle, ao condescendente do estilo "coitada... o que lhe terá acontecido para não ter telemóvel?!!!"

O que aconteceu é que eu sou eu. Um desastre! E ontem esqueci-me do telemóvel e das chaves de casa no trabalho. Não seria grave se não estivesse a 49km de onde vivemos, se o meu mais que tudo não tivesse regressado a casa por volta das oito da noite, e eu não andasse às voltas na rua desde as duas e meia...

Se tivesse a tarde toda pela frente até nem teria sido pior. Podia ter ido ao cabeleireiro fazer um extreme make over que durasse toda a tarde, ou podia ter ido ao cinema, ou às compras. Mas a questão é que tinha que ir ao médico (faringite), à acunpunctura e ainda tinha uma reunião num centro cultural sobre um projecto de voluntariado que me interessa. Tudo isto em diferentes zonas da cidade, numa especie de triángulo equilátero de dimensões gigantes, o que não seria grave... Se não tivesse decidido ir de saltos!!! Eu, que nunca uso saltos!!! Que conste que não tenho nada contra os ditos. Bem que gostaria de poder usar umas dessas sandálias maravilhosas de salto agulha mas, infelizmente, tudo o que não for de cunha não é compatível com o meu hallux valgus.

E foi já mesmo à beirinha do desespero, de me sentar no chão e dizer daqui ninguém me tira, que decidi telefonar ao meu príncipe para me ir buscar e levar de volta para o palácio. Se tivesse telemóvel até teria sido fácil. Mas a sério, alguém precisou de usar uma cabine recentemente? E encontrou? Devem estar todas de férias nas Canárias, com o Elvis e o Sinatra...

E foi durante esses momentos maratonianos que me fui lembrando das situações épicas que me vão acontecendo ao longo dos anos. Como quando uns óculos de sol me voaram da cabeça pela janela de um eléctrico, obrigando-me a descer na paragem seguinte e retroceder na tentativa de os recuperar. Ia tudo muito bem até quase os ter alcançado e, de repente, uma roda de um carro acabou com eles diante dos meus olhos... Ou quando uma lente de contacto, a primeira e obviamente mal colocada, também voou por uma janela, deste vez de casa, e aqui a espertinha foi a correr para a rua em pijama a tentar recuperá-la... Ou quando deixei um tacho de arroz ao lume durante tantas horas que começou a derreter... Ou quando deixei um bolo no forno e fui comprar umas coisitas ao lado de casa e quando voltei não encontrei a chave e fiquei na rua à espera do príncipe (como podem ver já tem prática de resgate) para finalmente descobrir que tinha deixado a chave na porta de casa... Podia continuar mas acho que já dá para terem uma ideia...

M.

27 março, 2012

Mudanças e anticorpos.

Hoje enquanto lia um post da minha amiga Marta no http://marta-dolcefarniente.blogspot.com.es/ fiquei mais descansada ao perceber que há mais almas como eu, para quem as mudanças são um desafio constante.

Faz-me imensa confusão as pessoas que vivem as rutinas ao extremo, com dias e horas e momentos para tudo e que, caso contrário, desenvolvem anticorpos. Mas, ao memso tempo, confesso que preciso de alguma estabilidade, de algum chão para me centrar e poder fluir. Sem essas referências sinto-me como uma folha a voar pelo ar, que hoje pousa aqui, amanhã ali, sem qualquer tipo de controle da direcção ou velocidade.

Para os que me têm acompanhado de perto nestes últimos anos sabem que a vidinha certinha e organizada de Lisboa ficou lá longe, muito atrás, distante, como se fosse a de outra pessoa. E que desde então tudo mudou. Mudei de vida, de trabalho, de país, de cidades, de casa (várias vezes) mas há uma coisa que se mantem: Eu.  Mas um "Eu" com mudanças.

As minhas rotinas são hoje muito mais básicas e estou a aprender a aceitar que nada é permanente. Temos que ser o mais feliz possivel, hoje e agora, porque amanhã não sabemos onde vamos estar.

Esta aprendizagem fez com que resistisse durante meses a transformar o apartamento onde vivemos na "nossa casa". Sei que a nossa estância nesta cidade é passageira e por isso dizia a mim própria que não valia a pena. Mas depois de muito resistir, um dia decidi que não fazia sentido e ainda bem que mudei de opinião. Agora tenho o meu cantinho, elemento fundamental na tal estabilidade de que vos falava. E quando chegar o momento de uma nova mudança, sei que posso voltar a fazer tudo de novo. E que isso não constitui um problema.

E em qualquer lado posso criar rotinas. Plantar plantas e flores. Reler livros. Decorar. Estar sentada no sofá a olhar pela janela. Andar. Ir ao ginásio. Dançar. E mais importante que tudo, Amar.

O amor dá sentido à vida e os amigos ajudam muito a saber quem somos e onde estamos.

Com isso é suficiente.

M.

Ooops

Só para dizer que a essência que me inspira é branca e chama-se mesmo ESSENCE...

Sim, sou um desastre...

26 março, 2012

Essências que inspiram.

Ainda tenho muito que esperar que venha o pai natal, o aniversario ou os reis magos, mas por enquanto posso sonhar que já faz parte dos meus essenciais.

Uma essência pouco conhecida mas que me inspira.

25 março, 2012

New look.

Hoje estreia-se novo look no blog.

E confesso que o meu talento para as combinações cromáticas está ao mesmo nível da minha capacidade para fazer tetris no porta-bagagens,  com a roupa e sapatos dentro das malas de viagem ou ainda, para visualizar no espaço objectos tridimensionais do tipo móveis. Nunca encaixam...

E com as cores, parece-me que acontece o mesmo... Espero que gostem da nova versão e que tenham alguma paciência até encontrar um modo de que tudo "encaixe".

Até lá, continuamos que os pensamentos à deriva.

M.

O "grito" e a pacificação.

Depois de mais uma incursão introspectiva realizada durante uma semana algo agitada, descobri novos dados sobre moi que francamente não estava à espera.
Minhas amigas, quando começamos a investigar o nosso interior, é bem provável que seja como uma fonte inesgotável. Mesmo quando parece que já só há um fiozinho de água, de repente, somos inundados por uma corrente de origem desconhecida que não quer parar de brotar. Foi mais ou menos isso que aconteceu.
Descobri que há um "grito" que me acompanha onde quer que vá, de ira, de zanga e de revolta, que aos poucos está a sair cá para fora. Descobri que, naturalmente, a origem deste conflito sou eu própria, por não ter sabido lidar com certas situações, na sempre eterna tentativa de agradar aos outros e numa lógica sem sentido de "prefiro estar zangada com o mundo a que o mundo esteja zangado comigo".
Também descobri que mesmo quando achava que estava a fazer o que me dava na real gana, contrariando o que se "esperava que fizesse", no fundo eram desviações irrisórias, superficiais, porque no fundo continuava à procura da aceitação das pessoas mais importantes para mim. E que mesmo essa ambivalência me causa(va) um enorme conflito: "isto é o que eu quero, mas... se for por esse caminho então não estarei à altura do que se espera que seja". Uma paranóia que só existe na minha mente.
E o que me dizem quando esse conflito entre seguir o meu instinto e seguir o que é "suposto" se complica, e os "outros" começam a ter dúvidas reais sobre qual é o meu caminho"??? A resposta é: instala-se o caos... Conflito + confusão = caos.
E logo a seguir surgem as tentativas de recuperar o controle. O conhecido é seguro e não constitui uma ameaça. Mas ir por caminhos desconhecidos é tão mais interessante!!! E às vezes, o que pensamos que é medo, não é medo, nem pavor, é só mesmo excitação!!!
Confio que a paz interior chegará algum dia. Quando verdadeiramente interiorize que não é possível controlar o meu mundo, que o que os outros pensam e desejam para mim não coincide necessariamente com os meus desejos e necessidades, e que sou eu quem tem que tomar as rédeas da minha vida, sem culpas, sem desculpas, sem medos.
A pacificação vai chegar. E nesse dia vou estar aberta a todos os que queiram entrar, confiante, receptiva, sem muros e sem defesas. A melhor imagem que se me ocorre é a de um grande e profundo abraço. Para os que o quiserem receber e partilhar.
M.

21 março, 2012

Minimalista ma non troppo.

No outro dia confessava que sou uma pessoa minimalista em relação a quase tudo, mas isso não significa que não goste de coisas bonitas.
Por isso aqui fica um apontamento dos mais recentes acessórios pelos quais confesso ter um enorme fraquinho. São presentes de aniversário, de natal, e alguns são presentes de mim para mim, que é uma actividade da qual sou fã em ocasiões especiais. Assim, cada par de brincos, cada colar tem um significado especial.
Espero que gostem.
M.

19 março, 2012

Last moments of love

Aqui fica um tema de um músico recém descoberto nas danças orientais cujos acordes me trazem emoções acolhedoras e aconchegantes.
O tema chama-se 'Last moments of love' mas curiosamente transmite-me emoções muito cálidas, de serenidade, amor e alegria. E esse calor permite-me viajar no tempo e desejar feliz dia ao meu pai e dizer-lhe que já não estou zangada com o universo por se ter ido embora tão cedo. Que no fundo sei que está comigo, todos os dias, no meu corpo, no meu coração, nas estrelas que me guiam, mesmo quando não sei em que direcção. Tenho saudades e tenho pena que não estejas aqui connosco, mas o mais importante está cá dentro e como não acredito em last moments, vou tentar aproveitar em pleno todos os momentos, de todos os dias.
M.

Such a perfect day...

Bem, parece que acaba o nosso pequeno time out. Hoje foi feriado e amanhã regressamos ao trabalho depois de quase uma semana de molho. Mas, apesar de tudo, foram uns dias de recolhimento muito agradáveis. Aproveitei para cozinhar sem pressas, com carinho, e o resultado foi bastante saboroso. Coloquei em ordem arrecadação e armários, e como não há perigo de encontrar demasiados tesourinhos deprimentes a execução foi bastante rápida. Done! Fui ao cinema, ao de verdade e ao caseiro. E sabe tão bem!!! Gosto mesmo muito de cinema para freakies, confesso. Falei com a família e as amigas. Dei e recebi mimos. E hoje, surpresa: nasceu uma das minhas tulipas!!!!!!!!!!!!!! Posso dizer que sou e estou felizzzzzzz. M.

18 março, 2012

Desvios sem importância. Life just as it is.

Esta semana celebrámos o nosso segundo aniversário "oficial" e aproveito para agradecer a todos os que se lembraram da data e me mandaram mensagens no nosso dia. Sabe bem que se lembrem de nós. Muito bem mesmo!!! Também é certo que devemos ser os únicos que deliberadamente decidiram dar o sim num dia 13... Como já vem sendo tradição recebi uma orquidea de uma variante exótica que me deixou muito feliz mas, sensíveis como são, parece que não gostou da mudança de ares, sniff, sniff... Para o seu lugar veio um anturio, bem mais resistente. Um desvio, sem importância. Também não foi possível celebrar no sentido tradicional esta semana. Tivemos que nos "desviar" devido a um problema de saúde que nos levou a passar estes dias de molho, comigo a tentar exercer de enfermeira, não de enfermeira sexy, mas mais num estilo 'clumsy nurse', que faz parte do meu encanto pessoal. O importante é que está tudo a caminho de estar bem, e todos os dias do ano são bons para celebrar o amor. Os desvios fazem parte da vida, just as it is. E temos que aproveitar o lado bom de todos eles todos. Se não fosse assim não tinha descoberto que até faço umas empadas bem saborosas. M.

Onde estão as semelhanças...

... entre um fato de primeira comunhão com trinta anos e um pentium 1???? Aposto que ninguém consegue adivinhar... Há quem diga que viu passar a vida diante dos seus olhos em dez segundos, em momentos traumáticos e tal. Eu cá vi passar o futuro, daqui a uns trinta anos e foi igualmente traumático:) Quem me conhece sabe que sou uma pessoa assim para o minimalista. Minimalista em relação à roupa, aos acessórios e sapatos, ao mobiliário e decoração, aos papéis, recibos e objectos de utilidade desconhecida que têm uma certa tendência para aparecer ninguém sabe de onde. Não guardo recibos, entradas de espectáculos, bilhetes de transporte de cidades visitadas. Absolutamente nada. Sou assim, minimalista. Só faço concessões para as minhas memórias e, por vezes, para as fotografias que vou guardando no portátil. Mas tudo em relação a tudo o resto, a toda a materialidade que me rodeia, faço uma espécie de delete. Agora imaginem o que acontece quando o meu mais que tudo é precisamente o oposto... E imaginem o que acontece quando confirmo que se trata de problema genético sem cura à vista. Depois de saber que os fatos da comunhão de há trinta anos podem e devem ser guardados, limpos e novamente armazenados no roupeiro prontos para usar (?!!) e que um pentium 1 que não funciona pode permanecer anos num canto, porque afinal de contas, não se pode deitar as coisas fora assim com tanta leveza, pensei: a) Marta, conta até dez, respira e vai tomar um xanax!b) Marta, conta até dez, respira e vai fazer limpeza na arrecadação, imediatly! Adivinhem qual foi a minha escolha... M,

06 março, 2012

Memórias e maracujás.

Todos nós somos feitos de memórias. Fazem parte do passado e de quem fomos, mas também fazem parte do presente e explicam muito do que somos. Há recordações que aquecem o coração. Cheiros, sabores, sensações que nos transportam para outra dimensão, onde o espaço e o tempo não existem, e onde podemos permanecer quanto quisermos e precisarmos. Há outras memórias mais dolorosas, que às vezes pensamos que preferíamos esquecer, ou pelo menos esconder, dissimular assim num cantinho bem remoto de forma a impedir que nos visitassem no presente e trouxessem de volta todas essas emoções que preferíamos apagar e ignorar. Mas como diz uma dessas frases estilo 'fortune cookie' de filme americano dobrado em espanhol: "la vida es como una naranja. Por fuera bonita. Por dentro puede resultar ácida, pero nuestra obligación es pelarla y comerla!" Nem mais. Faz tudo parte da mesma essência, o doce e o ácido. Só assim se explica a minha fixação pelos maracujás... Portanto, esta semana tenho um tpc pessoal. Aceitar que os 'recuerdos' menos bons são os que dão esse toque de acidez tornam aos outros ainda mais docinhos. E que as memórias que vale a penar recordar, merecem ser incorporadas no dia a dia, não só na lembrança, mas também no pensamento e na acção. Porque há pessoas, momentos e experiências que merecem viver. M.

Como ganhar um cabaz de produtos.

De há uns tempos para cá, aqui por casa andamos um bocadinho sensíveis e solidários com as "reclamações". Sim. Ter o nosso próprio negócio tem muitas vantagens. Não temos que dar explicações a ninguém, no more reuniões intermináveis para discutir o sexo dos anjos, e devo confessar que o facto de estar enrolada com o chefe é muito emocionante. Mas... Há sempre um mas. Mas se a coisa corre mal não há ninguém mais crítico e exigente que nós próprios, e quando temos um cliente insatisfeito, que são os meeeeeeeenos, as consequências podem ser muito negativas. Diz o meu manual de marketing que um cliente satisfeito partilha a sua experiência com outras 3 a 4 pessoas, mas que um insatisfeito partilhará a sua opinião com outras 9 a 11!!!!!!!!! Depois de hiperventilar durante a leitura deste dado estatístico verdadeiramente assustador, fiquei mais descansada porque o autor diz que, sempre, mas sempre, vão existir pessoas insatisfeitas. Por vezes devido a erros cometidos pela empresa e com os quais temos a oportunidade de aprender. Por vezes sem nenhuma razão objectiva, simplesmente porque sim. Parece-me bem... C'est la vie! Portanto, quando abri o primeiro dos meus Activia de ameixa para me encontrar com um conteúdo de muesli, e depois de comprovar que o mesmo acontecia com a totalidade do pack, enviámos um mail à respectiva empresa (àqueles contactos que vêm em todas as embalagens e que sempre pensei serem só para inglês ver) e não é que passadas umas horas nos telefonou uma senhora que diz que nos quer enviar um cabaz de produtos para "minimizar os danos causados" e porque essa é "a política da empresa". Estou a imaginar o nosso cabaz: umas escrituras feitas à mão, umas liquidações de impostos autografadas, uns exemplares de papel timbrado... Acho que se os nossos clientes descobrirem que esse é o cabaz vão decidir ser clientes muito satisfeitos!!! M.

01 março, 2012

Homenagem aos fiscalistas.

Sim, é mesmo a sério. Quero prestar homenagem a todos os fiscalistas, contabilistas, senhores e senhoras dos números, das contas e dos quadros de excell. Só podem ser seres superiores dotados de umas habilidades que nós, os comuns dos mortáis, nao podemos sequer sonhar alcançar. Nunca fui uma pessoa de "números", e quem me conhece sabe bem que a facilidade com que desato a falar italiano ao segundo dia de uma viagem a Roma, é proporcional à inaptência total e absoluta para visualizar conceitos matemáticos. Está ao nível do cirílico, do arameu ou do esperanto... E depois de uma tarde passada a estudar gestao fiscal, a ver quadros de escalas e deduçoes, cheguei à conclusao de que, se aplicasse todo o meu esforço em enfiar a minha cabeça contra uma parede de cimento, certamente nao seria tao doloroso. Tenho dito. M.