Bem, só para finalizar a temática do verão e das diferenças culturais dentro da península ibérica, um breve apontamento sobre a colocação dos chapéus de sol nas praias portuguesas e espanholas.
Em Portugal, seja qual for a técnica seleccionada para introduzir o dito cujo na areia (suaves movimentos circulares ou frenéticos espasmos para a frente e para trás), normalmente a posição em que se coloca o chapéu tem em conta duas variáveis: a direcção do vento e o movimento do sol. E quando se junta em grupo mais que um chapéu, geralmente dispoõe-se numa espécie de círculo irregular, com os sacos no centro e as toalhas estendidas ora ao sol, ora à sombra, dependendo dos gostos. Pelo menos é assim que recordo as praias portuguesas.
Aqui não é a assism. Pelo menos nas praias do sul que conheço. Para começar há quase tantas cadeiras quantos chapéus porque prolifera uma espécie de banhistas para quem a a areia deveria ser eliminada das praias. É nojenta, pega-se ao corpo e ainda por cima é uma superfície incómoda. Estes banhistas dirigem-se em grupo às praias do litoral, com as suas geleiras, cadeiras (há umas verdadeiramente avançadas que servem de carrinhos com rodinhas para transportar as tralhas e depois se transformam em espreguiçadeiras, uauuuu!) e chapéus que se colocam todos alinhados de frente para o mar, e quanto mais perto da água melhor, com as cadeiras estrategicamente posicionadas debaixo dos mesmos. Não está mal pensado, mas é estranho de ver, todos em fila...
Ainda mais estranho é ver sair garrafas de gin de dentro dentro das geleiras que, combinadas com coca-cola, ajudam a refrescar dos calores do verão, lol. E também saem tortillas, macarrão com tomate, frango panado, salada russa (maionese com calor, o sonho da salmonela!!!) e vá, nalguns casos uns iogurtes e uma fruta para a aligeirar o menú.
Há praias onde os banhistas se levantavam de madrugada para conseguir a melhor localização para o seu chapéu de sol e depois voltavam para casa, para tomar o pequeno-almoço, ir às compras, dormir, o que obrigou algumas câmaras municipais a "varrer" as praias e retirar todos os objetos que enccontrava a horas suspeitas, tipo às 7 da manhã.
Claro que nem todas as praias são assim, nem todos os banhistas levam o camping gas para o areal,e há muito litoral que não se parece em nada a esta imagem:)
Só não digo onde, não se vá transformar no cenário do pesadelo!!
M.