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"Não há nada que não se consiga com força de vontade, com bondade e,sobretudo, com amor". M. Cicero

28 junho, 2013

Passarinho voa , voa:)

Hoje foi dia de muitos afazeres e compras várias para preparar a estreia do M. na creche. Pois é, o petiz já tem cinco meses e meio e na próxima segunda-feira começa a creche. Glup...
Sim, vai porque decidimos que era o melhor para todos.
Sim, podia ficar mais tempo com ele em casa.
Sim, mas...
Como diz a minha amiga Amber "we're not stay-at-home-mum material" e eu já estou em casa desde o dia 1 de setembro!!! Nunca tal me tinha acontecido na vida. Estar em casa. Só. Só, que é como quem diz... Trabalha-se muito, muito mesmo, mas o projecto doméstico não é para mim. Preciso de voltar a trabalhar, de unir a minha dimensão professional a todas as outras que configuram a minha identidade. Sendo mais completa sou mais eu. E o M. vai agradecer uma mãe "equilibrada" em vez de uma mãe frustrada.
Mas nem toda a gente percebe a minha decisão, e sob a capa de comentários "respeituosos" - daqueles que não evitam um leve arquear de sobrancelha ou um sorriso forçado - vou sentindo na pele os juízos de valor de algumas pessoas que não compreendem esta opção. O que me irrita. Profundamente. Como se gostasse menos deste tesouro por isso. O fosse pior mãe por entregar o meu filho nas mãos de estranhos.
Não é verdade. Não amo mais nem menos o M. que qualquer outra mãe em relação ao seus filhos. Seja qual for a escolha vital e educativa que tome.
E não é nada fácil.
Ontem fomos à nossa primeira reunião de pais e vim de lá a chorar que nem uma madalena, lol. Vai ser bonito na segunda-feira...
Mas o M. não é "meu" e este é o seu primeiro passinho para aprender a voar fora do ninho, e conhecendo sempre o caminho de regresso a ele.
A angústia da separação que pensava que era coisa que só acontecia aos outros já se instalou e hoje fui buscar o meu passarinho a meio da noite para dormir comigo. Porque estava "inquieto". Ou seria eu?! O que é certo é que, por umas horas, fiz de conta que o podia proteger de todos os perigos e ameaças. E dormimos os dois juntinhos e sossegadinhos.
Acho que o príncipe nem deu por nada:) Tenho de lhe preguntar!
M.