Faz hoje um mês que vim aqui a este cantinho pela última vez.
Enquanto alguns andavam às voltas com os propósitos de ano novo, eu andei às voltas com a chegada do Martim que, como todos os bebés, veio quando quis e sem manual de instruções. Mas pelo menos as ameaças prévias serviram de treino para evitar o pânico da hora H e correu tudo lindamente quando o rapaz decidiu espreitar o que havia cá fora.
Nasceu pequenino como se esperava, mas com uma força e uma energia que compensam o estar por baixo do percentil "normal". Por falar nisso, alguém me explica a obsessão de algumas mães com os percentis??? Ou sou novata ou não percebo qual é o drama... Se o bebé está bem, é saudável, o que é que interessa se é mais baixinho ou mais magrinho que a "média"?! Deve haver qualquer coisa que me escapa ou então sou uma inconsciente, o que é bem possível. Aliás, o meu pensamento mais recorrente nestes días tem sido "por favor, que mais tarde não se lembre do quão desastrada é a mãe". Às vezes penso em começar a juntar uns euritos para a indemnização que nos vai pedir daqui a uns anos:)
Estas semanas têm sido uma loucura. O normal nestes casos, portanto. Será que respira? Por quê é que não se mexe? Enfia-se um dedo na barriguinha e reage, boa! Agora sou eu que posso respirar. Chora por quê? Tem fome? A fralda está suja? Tem cólicas? Tem frio? Quer mimos? E depois dos primeiros dias de hiperventilação e tensão generalizada, depois do ataque de nervos resultante da falta de sono e do cansaço, depois de começar a conhecer pouco a pouco este ser que veio ao mundo, o que querem dizer os seus sinais, começo eu própria a adaptar-me a esta vida nova. E à nova vida que convive connosco.
Não é fácil. Desconfio de quem disser o contrário. Mas não há desafio mais estimulante e gratificante. Confesso que estou enamorada do nosso pequeno rebento e, apesar de ainda estar a processar esta nova identidade, não trocava esta experiência por nada no mundo. Mesmo que esteja a escrever este post ao mesmo tempo que almoço e falo ao telefone. Deve ser isso da polivalência, lol.
O importante é que estamos todos onde temos que estar. E sempre a aprender. E a partilhar.
Até breve.
M.
1 comentário:
Parabéns, Marta
Desde Algés (e Dafundo, que é já ali a seguir).
Carlos
Enviar um comentário